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Jornal GGN - Ao decidir adiar as audiências com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de mais 12 réus, devido à paralisação dos caminhoneiros, o juiz Sérgio Moro criticou que o bloqueio de rodovias é "questionável" e, sem ser questionado, pediu que "prevaleça o bom senso dos envolvidos, com a normalização da situação".
Moro transferiu as audiências que ocorreriam na próxima segunda-feira (25), durante a manhã e a tarde, para data a ser ainda definida. Mas no despacho assinado na tarde de hoje, o magistrado da Lava Jato do Paraná fez uma manifestação pessoal sobre a greve dos caminhoneiros no Brasil.
Sem ser instado a se manifestar judicialmente sobre a greve, Moro disse que, apesar de ser "legítima", a paralisação com bloqueio de rodovias é "questionável" e que "tem gerado sérios problemas para a população em geral, com prejuízos principalmente para o abastecimento de alimentos e de combustíveis nas cidades".
"O deslocamento entre as cidades e mesmo dentro delas tem sido prejudicado, com afetação dos serviços públicos e inclusive de prestação de Justiça. Na presente data, o expediente na Justiça Federal de Curitiba foi cancelado, muito embora seja intenso o trabalho interno dos servidores", continuou, em tom de indignação.
Ainda, ao determinar que as audiências da próxima segunda sejam canceladas, que inclui a do ex-presidente Lula, sem competir à sua análise ou julgamento, o magistrado de primeira instância insistiu no tema da greve, pedindo que "prevaleça o bom senso dos envolvidos, com a normalização da situação e antes que ocorram episódios de violência".
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